terça-feira, 25 de março de 2008

A Internet colaborativa e a nuvem informacional.



Qual o brasileiro que não tem um fotolog, um blog, orkut ou flickr. Quem não navega pelo Overmundo, Wikipédia ou no Google? Acredito que essas ferramentas já nos conquistaram e hoje se torna difícil viver sem elas.


No início – falo do começo das experiências do internauta na rede – navegava-se apenas nos grandes sites, que ofereciam “certa” credibilidade e segurança informacional para os leitores. Depois de 1999 entramos numa nova fase. É a partir daí que fica muito mais fácil utilizar as ferramentas da internet. Surge a cultura dos blogs, da web 2.0 e o conceito de que todo internauta é produtor de conteúdo e formador de valores.


O termo web 2.0 não é tão facilmente explicado, mas em poucas palavras, podemos entender como tal sendo uma internet colaborativa, movida e recriada pelos usuários. Exemplos famosos são o orkut, o YouTube, o Flickr, Myspace, Friendster, Blogger.


Como toda transição, a nova internet – muito mais participativa – também apresenta seus problemas. Um deles seria o excesso de informação on-line que pode deixar o internauta perdido numa onda virtual. Para auxiliar os navegadores nessa confusão prevê-se a criação da Web semântica ou Web 3.0 que se encarregaria de estruturar os conteúdos e dar ao internauta a informação de acordo com suas preferências e com a mínima administração do usuário. Resta saber se a tecnologia vai saber procurar dentro desse tornado de informações que regem a mundo virtual, não é mesmo?

terça-feira, 11 de março de 2008

Blog de papel

Natércia Pontes soluça tão lúcida que começou discreta e silenciosa com seu blog e hoje já tem dois livros publicados. Az mulerez (com um til no L) foi o 1o. Trata-se de um livreto atraente, rosa-shok com vermelho, que conta, em microbiografias, a saga de A a Z de mulheres de todas as espécies. O mais legal do livro é que as folhas são destacáveis. Você pode enviar como cartão postal para sua melhor amiga que mora em Salamanca ou simplesmente colar na janela do seu quarto. Seu outro projeto foi o Semana, que traz 10 escritoras-blogueiras da nova geração. A coletânea traz os mais variados fragmentos de vida das meninas. Cheio de ficcção, poemas, contos, desgraças, lágrimas e cheiro de saudade, o livro traduz em pedaços os diários pessoais das autoras, que saíram do virtual (blogs) e migraram para o papel. Sucesso, delicioso!

Mas todo esse blá blá blá falando de Natércia é somente para traçar aqui alguns comentários sobre o que, para mim, essa misturada pode gerar. Ou já gerou? Ou já pariu? Let´s see...
O que sei é que projetos como esses confirmam o surgimento de uma nova forma de linguagem que permeia entre o virtual e literário. Em Semana é fácil de perceber a herança dos blogs. Na própria paginação, no cantinho da página, ali do lado esquerdo, podemos observar a data e a hora que o texto foi escrito (ou postado?). Com textos híbridos de tom confessional, uma escrita despretensiosa e despreocupada, típica dos blogueiros, é fácil ter a sensação de estar folheando um blog de papel. Interessante também é que os contos e poesias adquirem novas regras, novas formas de “falar”, diferente daquelas que fomos acostumados.

E quem disse que blogueiro não tem futuro como escritor se engana. A filha de Augusto Pontes e suas amigas virtuais provaram isso, não é mesmo? Dessa forma, acho que podemos concluir que sim! Parimos um novo estilo de escrever, muito mais gostoso, vamo combinar?